quinta-feira, 31 de maio de 2012

PORQUÊ CABRAL FICOU DE FORA DA CPMI?


O porquê da convocação de Perillo

Os integrantes da CPMI do Cachoeira votaram pela convocação, por unanimidade, do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que aparece 270 vezes nas conversas telefônicas entre o bicheiro Carlos Cachoeira e integrantes do esquema que deu origem a CPI. Alguns desses integrantes já estão presos. Mas o envolvimento de Perillo com o contraventor vai além.

Perillo teve pelo menos três encontros com o bicheiro, que o governador afirma se tratar apenas de encontros festivos; o ex-vereador Wladimir Garcez contesta a versão de Perillo sobre a venda de uma mansão de luxo por R$ 1,4 milhão, que na verdade teria sido paga por familiares de Carlos Augusto Ramos; um assessor de Carlos Cachoeira teria entregado, no Palácio das Esmeraldas, R$ 500 mil numa caixa de computador destinados ao governador; a chefe de gabinete Eliane Pinheiro se demitiu após reconhecer ter sido avisada sobre uma operação contra jogos ilegais.

Por que Cabral ficou de fora da CPMI
                                                 
O governador Sergio Cabral (PMDB), ungido pela CPMI do Cachoeira, não foi chamado a depor. Os integrantes da comissão, tangidos pelo acordo entre o PMDB e o PSDB, deixaram de fora o governador do Rio de Janeiro, que tem comprovada ligação com o ex-dono da  Delta Construção, Fernando Cavendish, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, flagrado em recente viagem à Europa com o empreiteiro, exatamente aquele que tocava as maiores obras executadas nesse momento no Rio. A farsa teve a adesão do PSDB: três dos cinco parlamentares tucanos da CPI votaram contra a convocação de Cabral. Foi assim que o governador peemedebista foi salvo pelos tucanos.

A Delta já teve seus sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados em todo o país e, no caso do governador do Rio de Janeiro, até pelas suas relações tão próximas a Cavendish, é difícil admitir sua não convocação. Passado esse primeiro momento de arroubo pemedebista, que usa o poder de fogo da sua grande bancada para blindar o governador do seu partido, por certo Cabral terá que depor à CPMI. É questão de tempo: até que as entranhas da Delta Construção sejam expostas. Há quem diga que Cachoeira é peixe pequeno cotejado com o esquema da Delta, que seria o grande tubarão branco que leva o governador do Rio de Janeiro a mergulhar em um mar de lama.

Cabral disse não temer que isso aconteça - por não ser citado na investigação da Polícia Federal - nem a quebra de sigilo bancário da Delta.

E por que Agnelo? 

Agora, a convocação do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz para depor na CPMI, é reflexo da quebra do sigilo imposto à empreiteira Delta Construção que atinge em cheio o governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral por tratar-se da empresa com mais contratos com o governo do Rio. Foi uma clara retaliação do PMDB, partido do governador do Rio de Janeiro, ao PT.

 Para preservar o governador Sergio Cabral, um grupo de pemedebistas se aliou aos tucanos (que buscavam dividir o foco dos trabalhos da CPI com outro governador) e sacrificou o governador Agnelo, com o pedido de depoimento aprovado por 16 votos a favor e 12 contra.

Ao se crer no que dizem alguns órgãos da imprensa, Agnelo será inquerido pela prorrogação do contrato da Delta para coleta de lixo, antes mesmo de tomar posse como governador. Ora, a Delta foi contratada por governo anterior e a prorrogação desse serviço é fato contumaz no início de qualquer administração para que não haja solução de continuidade na prestação do serviço de limpeza.

Quanto ao esquema de grampos supostamente para bisbilhotar jornalistas e adversários políticos, como acusa o deputado paranaense Fernando Francischini (PSDB), o feitiço pode se voltar para o feiticeiro: é bem possível que o deputado Francischini é que tenha que se explicar, pois é tido como o responsável por gravações de conversas de altos funcionários do GDF, ele que se arvora como futuro candidato ao governo do Distrito Federal e já tratou da transferência do seu titulo eleitoral para o DF. No caso desse deputado-delegado de polícia, é bom lembrar que tem um passado extremamente obscuro em sua atuação no Estado do Espírito Santo, onde teria deixado rastros de sangue.

O governador Agnelo se defendeu. “Respeito a CPI, mas a convocação é injusta, porque o grupo criminoso não conseguiu fazer negócios, não indicou ninguém no Distrito Federal. As gravações da Polícia Federal comprovam que esse grupo tentou me derrubar porque eu era um empecilho”, declarou.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

deputado Francischini (PSDB) tramava a queda do governador Agnelo Queiroz (PT), junto com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, e desejava virar governador


Em agosto de 2011, o deputado federal Francisco Francischini (PSDB) foi entrevistado pela revista VEJA (#VEJAbandida) e disse não possuir o “telhado de vidro”, a VEJA ainda o chamou de “policial implacável”.
Sabe-se que não pode-se esperar coisas boas vindas do PSDB, mas o que se descobre agora, é que o deputado federal Francischini (PSDB) possuía relações íntimas com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele tramava a queda do governador petista Agnelo Queiroz e, segundo gravações feitas pela Polícia Federal, trocaria seu domicílio eleitoral do Paraná para o Distrito Federal com o intuito de virar governador.
Em 16 de abril deste ano, VEJA publicou a reportagem “Espiões vermelhos”, sobre o suposto núcleo de arapongagem no DF, que estaria investigando políticos, empresários e jornalistas, por isso, em Brasília, foi criada a CPI da Arapongagem, para investigar o caso. Uma das supostas vítimas, seria o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR), este disse, inclusive, que pediria a prisão do governador Agnelo Queiroz.
No anexo 7 do inquérito (leia mais aqui), há várias menções ao nome de Francischini – e todas elas, anteriores à publicação da reportagem de Veja sobre os “espiões vermelhos”.
No dia 31 de janeiro, Dadá faz referência a uma mensagem enviada por Francischini. Dadá se refere ainda a um contrato na Polícia Civil do Distrito Federal e a um encontro com o parlamentar tucano.
No dia 4 de fevereiro, Dadá telefona para o bicheiro Carlos Cachoeira e revela que vem sendo ajudado por Francischini. Diz até que o parlamentar tucano estaria trazendo seu título de eleitor do Paraná para o Distrito Federal, onde tentaria ser candidato a governador.
- Quem me falou foi um cara que tá ajudando a gente… é, montando um escritório aí, com aquele delegado Francischini, bancando pra fuder o governador… e o Francischini tá trazendo – é deputado federal que é delegado – tá trazendo o título dele para ser candidato a governador.
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Resistindo ao crime organizado, por Agnelo Queiroz


Afirmei durante minha posse como governador de Brasília que as nuvens tempestuosas de uma das piores crises políticas vividas pela cidade ainda não tinham se dissipado. A situação em que encontrei o DF ? com serviços públicos à beira do caos, afundado em dívidas e inadimplência, com várias obras paralisadas ? era o resultado de uma gigantesca engrenagem institucional capturada pelo crime. Ao longo desse período, no exercício do cargo, tenho combatido diariamente os malfeitos produzidos por esse grupo criminoso. Os fatos apenas confirmam a correção da minha percepção inicial.
Os tentáculos dessa engrenagem envolvem empresários, políticos e prepostos em veículos de comunicação. As interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e formalizadas nos autos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelam os interesses desse grupo no DF: o lixo e a bilhetagem eletrônica nos serviços de transporte. Em nenhuma dessas áreas a organização de Carlos Cachoeira conseguiu alcançar suas ambições.
No que tange ao lixo, a participação da empresa Delta Construtora na execução da coleta foi determinada pela Justiça ainda no governo anterior. Na minha gestão, não houve o patrocínio de qualquer indicação de pessoa desse grupo para cargos no governo. Ao contrário do que foi divulgado de forma cirúrgica e seletiva, a minha postura foi a de determinar auditoria no contrato em vigor, impor novos padrões de fiscalização sobre os serviços e reter o pagamento de despesas sem comprovação ou fundamento.
Os contraventores, em diálogos flagrados pela polícia, reclamavam dessas atitudes. Inconformados, decidiram tramar pela queda de um governante democraticamente eleito pelo povo. A audácia dessa engrenagem institucional voltada ao crime pretendia subverter até a legitimidade do voto popular.
Além da postura firme do meu governo no setor da coleta de lixo, na área de transporte as ações também perseguiram a legalidade e a probidade administrativa. Pela primeira vez na história da capital, realiza-se uma licitação pública para atrair novos operadores para os serviços de ônibus. Com novos ônibus e novos operadores, teremos, então, condição de estudar como será realizado o serviço de bilhetagem eletrônica. Ou seja, na área de transporte, executamos uma política de Estado com transparência e legalidade jamais vistas no DF.
Prejudicados no terreno da gestão, os contraventores de Goiás articularam-se com o crime organizado de Brasília e passaram a exercer suas conexões na política e na mídia. Criaram um clima artificial de denúncias e de acusações contra a pessoa do governador com o intuito claro de desestabilizar o governo.
Textos publicados mais recentemente em alguns veículos da internet revelam que meu nome é o centro das conversas mantidas entre o sargento Idalberto Matias, conhecido como Dadá, e o contraventor Carlos Cachoeira. Em certo momento da conversa, calcula o vulgo Dadá: “Pro cara cair é três, quatro meses”.
Dadá avalia com Cachoeira a participação do senador Demóstenes Torres (DEM) no processo de desconstrução da minha reputação pessoal, até que se atinja o objetivo final de me tirar do governo. Eles chegam à conclusão de que, em vez de usar dossiês de opositores, deveriam aguardar uma suposta denúncia que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estaria prestes a apresentar.
Diz um dos contraventores: “O cara vai ser denunciado mesmo lá na frente, entendeu, e aí a gente tem argumento para dizer ó... o cara (Demóstenes) tá fazendo o papel dele na oposição”. Esse diálogo é atribuído ao vulgo Dadá. Fica patente e cristalina a extensão e a capacidade operacional dessa organização para o crime e para a destruição de reputações.
Brasília e o meu governo têm conseguido resistir e superar todas essas investidas do crime organizado. Executamos uma nova agenda. Nela, transparência e ética pública, saúde, investimento social e a recuperação da dignidade da capital federal são prioridades. Há ainda muito trabalho a ser realizado para melhorar a vida da população do DF. Mas o primeiro e mais extenuante deles até aqui está sendo a guerra que começamos a vencer contra o crime organizado, derrotado nas últimas eleições, e que se havia incrustado no poder público na capital do nosso país.

Agnelo Queiroz (PT)  é governador do Distrito Federal

FONTE: http://www.ptbarreiras.org.br/index.php?page=news&op=readNews&id=1006&title=Artigo-Resistindo-ao-crime-organizado-por-Agnelo-Queiroz&utm_source=PT+Barreiras+-+Bahia&utm_medium=twitter

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Máfia de Cachoeira contra Agnelo


Uma grande conspiração comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres para derrubar o governador Agnelo Queiroz. Esta é a visão do porta voz do GDF Ugo Braga, que publicou em seu blog como a conspiração foi vista de dentro do Palácio do Buriti


Escutas mais recentes da Operação Monte Carlo, feitas no fim de janeiro e início de fevereiro deste ano, revelam uma conspiração da turma de Carlinhos Cachoeira para derrubar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Para tanto, o grupo se vale da combinação entre imprensa, Ministério Público e o senador Demóstenes Torres.
O primeiro desses diálogos ocorre em 30 de janeiro, uma segunda-feira, pouco antes das nove da manhã, e envolve Carlinhos Cachoeira e Dadá, seu braço direito.

CARLINHOS - Fala Chicão.

DADÁ - Ó, o negócio tá tendo uma repercussão violenta, rapaz. Esse negócio da revista Veja aqui. 

CARLINHOS - Ah, é? Então agora ele cai?

DADÁ - Sei não, cara. Sei que a repercussão envolveu o Ministério Público. Mas a imprensa toda, Globo hoje, 
Globo, Record, tá todo mundo batendo no cara. O bicho tá pegando.

CARLINHOS - Tá. Tó tendo uma reunião, vou falar com você.

Os dois se referem a uma reportagem assinada pelo jornalista Hugo Marques, publicada pela Veja que chegou às bancas dois dias antes. Nesta reportagem, intitulada “O PT na Caixa de Pandora”, a publicação acusa Agnelo de ter visto com antecedência o vídeo no qual o então governador José Roberto Arruda (DEM) aparece pondo as mãos num maço de dinheiro, supostamente caixa 2 da campanha abastecido via pagamento de propinas por fornecedores do Governo do Distrito Federal. O vídeo é o principal da Operação Caixa de Pandora, que, dois anos antes, jogou o DF na maior crise política desde sua fundação e entrou para a história apelidada de mensalão do DEM. 
Segundo o texto da Veja, Agnelo viu o vídeo, pegou uma cópia dele, que fez chegar ao então advogado-geral da União, José Dias Tofolli, também petista, e assim iniciou a articulação que terminou por derrubar Arruda. Ainda que a “acusação” careça de lógica, as redes locais de TV repercutiam a reportagem nos telejornais da manhã na forma de denúncia cabeluda contra Agnelo, o que animou a dupla. 
Vinte minutos depois desse primeiro telefonema, Cachoeira volta a procurar Dadá.

CARLINHOS - E então, o trem tá feio aí?

DADÁ - Tá bicho, a Globo bateu pesado nele, Record, ele tá dando explicações aqui, mas os caras não tão se convencendo não, entendeu? Tá gaguejando aqui na televisão.

CARLINHOS - Então libera o Gordinho…, né?

DADÁ - Falei com ele agora, com o Cláudio, (…) “porra, a gente tem que resolver isso”, falei. “Rapaz, isso aí é o seguinte, se vocês resolvem, vocês tiveram a oportunidade de resolver, ainda tá em tempo, vocês resolvem o problema que o homem te pediu, cara, e vocês, é…, vai ser hasteada bandeira branca, bicho”.

sábado, 5 de maio de 2012

“É melhor o Francischini se afastar da CPMI”


AFIRMAÇÃO É DO DEPUTADO FEDERAL POLICARPO (PT/DF); JUSTIFICATIVA SERIA O FATO DO NOME DE FERNANDO FRANCISCHINI (PSDB/PR) CONSTAR NO INQUÉRITO QUE SERÁ INVESTIGADO PELO CONGRESSO; GRAMPO DA OPERAÇÃO MONTE CARLO MOSTRA DIÁLOGO ENTRE FRANCISCHINI E DADÁ, UM DOS INTEGRANTES DA QUADRILHA DE CACHOEIRA

247 – A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai investigar as relações da quadrilha de Cachoeira com políticos pode ter sua primeira desistência. Na manhã desta segunda-feira 30, o 247 publicou um grampo telefônico contendo conversas entre o Dadá e Carlinhos Cachoeira com o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR), membro da CPMI.
“Ele está tão envolvido neste processo que o melhor é ele nem ficar na CPMI. Ele deve se afastar e se explicar na própria investigação” argumentou o deputado federal Policarpo (PT/DF). Para o petista, a ameaça de morte pode até ser uma estratégia do Tucano.
Posição contrária tem o deputado Izalci (PR/DF). Para ele, o primeiro passo é fazer os requerimentos para os depoimentos dos envolvidos. Izalci também acredita que Francischini pode continuar na comissão. “Acredito que ele próprio se apresentaria, não teria nenhuma dificuldade em depor. Mas talvez as pessoas que estão comandando o processo não queiram ouvi-lo”, contrapôs Izalci. Em relação as ameaças de morte, Izalci afirma que elas realmente acontecem, e que ele próprio já foi vítima.
Grampos
inquérito revela que Francischini mantinha contato direto com a quadrilha de Carlos Cachoeira. No anexo 7 do processo há várias menções ao nome de Francischini. Confira a cronologia das conversas, conforme publicado nesta sexta pelo 247:
No dia 31 de janeiro, Dadá faz referência a uma mensagem enviada por Francischini. Dadá se refere ainda a um contrato na Polícia Civil do Distrito Federal e a um encontro com o parlamentar tucano.
No dia 4 de fevereiro, Dadá telefona para o bicheiro Carlos Cachoeira e revela que vem sendo ajudado por Francischini. Diz até que o parlamentar tucano estaria trazendo seu título de eleitor do Paraná para o Distrito Federal, onde tentaria ser candidato a governador.
- Quem me falou foi um cara que tá ajudando a gente... é, montando um escritório aí, com aquele delegado Francischini, bancando pra f... o governador... e o Francischini tá trazendo – é deputado federal que é delegado – tá trazendo o título dele para ser candidato a governador.
FONTE 247 : http://brasil247.com/pt/247/brasilia247/57143/%E2%80%9C%C3%89-melhor-o-Francischini-se-afastar-da-CPMI%E2%80%9D.htm

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A onça do STJ de olho no mensalão da Veja

É chegada a hora da onça beber água; é agora o “vamos ver”. A revista Veja fez por merecer que sua hora chegasse mais cedo do que se poderia supor. Escutas feitas pela Polícia Federal revelam que jornalistas da Veja recebiam um mensalão para atacar Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal. Segundo as gravações, o pagamento era de R$ 100 mil por mês para obter esse “serviço” da revista.

Essa é a revista que contribuiu significativamente na transição para a democracia e o estado de direito; desfrutou de prestígio graças a um jornalismo responsável praticado por profissionais comprometidos com a verdade e semanalmente era bem-vinda a milhares de lares brasileiros.

Mas a ambição desmedida de gente desqualificada jogou todo o patrimônio no lixo a que está destinado à imprensa vendida. E essa gente já está na mira da CPI do Cachoeira.

É chegada a hora da onça beber água. Felino tão brasileiro, sempre presente no imaginário do nosso povo, já ronda há duas semanas o prédio do Superior Tribunal de Justiça, STJ. A onça parece mandar o recado: ou se pune a revista Veja e seus jornalistas mau-caráter que praticam jornalismo marron, ou devoro o primeiro que vacilar na hora de beber água.

É chegada a hora de leitores e a Justiça, usando a força da opinião pública e da lei, mudarem a cor do jornalismo praticado por publicações fajutas como da revista Veja que passou, semanalmente, a servir a interesses escusos e contrários ao estado democrático.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dadá interceptou e-mails contra Agnelo no DF


REPORTAGEM DA FOLHA APONTA QUE O ESPIÃO DE CARLOS CACHOEIRA INVADIU O CORREIO ELETRÔNICO DE PESSOAS LIGADAS AO GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL E REPASSOU O MATERIAL A ALBERTO FRAGA, PRESIDENTE DO DIRETÓRIO DO DEM NO DF

01 de Maio de 2012 às 08:05
247 – A CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, acaba de ganhar mais munição. Reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha de S. Paulo revela que o sargento Idalberto Matias, o Dadá, interceptou ilegalmente e-mails de pessoas próximas ao governador Agnelo Queiroz, do PT, e repassou o material ao delegado Alberto Fraga, presidente do diretório regional do DEM no Distrito Federal.
As evidências surgiram em conversas entre Claudio Abreu, diretor da Delta, e o bicheiro Carlos Cachoeira – ambos estão presos no presídio da Papuda, no Distrito Federal. “Eles conseguiram a quebra de email, né? O Chico (apelido de Dadá) que conseguiu”. O material entregue a Fraga era repassado ao blogueiro Edson Sombra, que se destaca pelos ataques a Agnelo. Sombra teve também atuação decisiva na queda e na prisão do ex-governador José Roberto Arruda.
Caso Francischini
Ontem, em entrevista coletiva, o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR) convocou entrevista coletiva para responder reportagem do 247, que apontava sua ligação com o sargento Dadá. Um diálogo entre o espião e Cachoeira, em fevereiro deste ano, sugere que Francischini estaria trabalhando com a dupla para prejudicar o governo do Distrito Federal.
Na coletiva, Francischini disse que jamais teve contato com a quadrilha de Cachoeira e que só se aproximará de Dadá se for para algemá-lo. Ele promete apresentar evidências de que foi grampeado pelo GDF, numa operação paga pela Delta. O que a reportagem da Folha aponta, no entanto, era que a Delta espionava contra o GDF – e não a favor.

“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DF


INQUÉRITO REVELA ÍNTIMO RELACIONAMENTO ENTRE O DEPUTADO FERNANDO FRANCISCHINI (PSDB/PR) E O SARGENTO DADÁ; PARLAMENTAR TUCANO, QUE PEDIU A PRISÃO DE AGNELO QUEIROZ, EM RAZÃO DO ESCÂNDALO DA ARAPONGAGEM, PRETENDIA ATÉ TRAZER SEU TÍTULO DE ELEITOR PARA O DF, ONDE CONCORRERIA AO BURITI

30 de Abril de 2012 às 21:40
247 – Não faltará assunto para a CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, para investigar um suposto Watergate que teria sido montado no Palácio do Buriti, por aliados do governador Agnelo Queiroz, para investigar políticos, empresários e jornalistas.
Na noite deste domingo, reportagem do 247 revelou que um dos supostos alvos da arapongagem, o vice-governador do Distrito Federal, o peemedebista Tadeu Filipelli, tramava contra o governador. E, segundo o inquérito, remunerava jornalistas, como Mino Pedrosa e Edson Sombra, para provocar o impeachment de Agnelo Queiroz. A mesada de Mino, segundo uma conversa gravada do sargento Idalberto Matias, o Dadá, seria de R$ 100 mil.
Agora, surgem fatos novos, ainda mais estarrecedores, que envolvem outra autointitulada vítima da arapongagem: o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR). Em 16 de abril deste ano, quando Veja publicou a reportagem “Espiões vermelhos”, sobre o suposto núcleo de arapongagem no DF, Francischini anunciou que pediria a prisão do governador Agnelo Queiroz.
O que o inquérito revela, no entanto, é bem mais grave. Francischini, que é membro da CPI do Cachoeira, mantinha íntimo relacionamento com os espiões da quadrilha de Carlos Cachoeira – a mesma que, associada à construtora Delta, pretendia se infiltrar no Distrito Federal.
No anexo 7 do inquérito (leia mais aqui), há várias menções ao nome de Francischini – e todas elas, anteriores à publicação da reportagem de Veja sobre os “espiões vermelhos”.
No dia 31 de janeiro, Dadá faz referência a uma mensagem enviada por Francischini. Dadá se refere ainda a um contrato na Polícia Civil do Distrito Federal e a um encontro com o parlamentar tucano.
No dia 4 de fevereiro, Dadá telefona para o bicheiro Carlos Cachoeira e revela que vem sendo ajudado por Francischini. Diz até que o parlamentar tucano estaria trazendo seu título de eleitor do Paraná para o Distrito Federal, onde tentaria ser candidato a governador.
- Quem me falou foi um cara que tá ajudando a gente... é, montando um escritório aí, com aquele delegado Francischini, bancando pra fuder o governador... e o Francischini tá trazendo – é deputado federal que é delegado – tá trazendo o título dele para ser candidato a governador.
No dia 16 de abril, Veja publicou a reportagem sobre os espiões vermelhos. No dia 17, Francischini representou à procuradoria-geral da República, solicitando a prisão de Agnelo Queiroz alegando que o governador teria promovido uma devassa em sua vida. Só não contou que, três meses antes, reunia-se com o araponga Dadá, que espionava o Buriti.