quinta-feira, 14 de junho de 2012

Depois de Agnelo, CPMI não será mais a mesma


CPMI
Até terça-feira, 13, a história da CPMI do Cachoeira era uma; depois da presença do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o enredo passou a ser outro.

Terça-feira foi o dia em que o governador de Goiás, Marconi Perillo foi à CPI para a oitiva, sob a proteção da tropa de choque do PSDB, que fez grande barulho quando o relator da comissão perguntou a Perillo se permitiria a quebra do seu sigilo telefônico. Foi um deus-nos-acuda.  Falou-se então que o governador de Goiás estava ali na condição de testemunha e não de investigado, como chegou a admitir o relator. Os membros da comissão blindaram o governador do PSDB.

Mas na quarta-feira, a inesperada e espontânea decisão de Agnelo Queiroz em abrir seus sigilos – telefônico, fiscal e bancário – mudaria o rumo dos trabalhos da CPMI do Cachoeira. O anúncio de Agnelo, aplaudido freneticamente pela maioria dos integrantes da comissão, caiu como um porrete na cabeça de Marconi Perillo: lá em Goiânia, convocaria às pressas a imprensa para anunciar que também daria acesso a seus dados. Não teve escolha. Com o exemplo de Agnelo não lhe restou outra saída, até porque forçosamente seria exigida a quebra dos seus sigilos - sem escapatória.

A CPMI do Cachoeira estava salva das mesmices e o governador do Distrito Federal lavava a alma e arrancava a fórceps a blindagem de Perillo. Essa decisão deu outra dimensão aos trabalhos que ameaçavam acabar numa bem temperada pizza preparada na cozinha dos algozes de sempre: Celina Leão, Eliane Pedrosa, Alberto Fraga e Jaqueline Roriz. Gente que é partidária do “quanto pior melhor".

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Delta no DF: a verdade dos fatos


O governador Agnelo Queiroz determinou o rompimento do contrato de limpeza que a Delta mantinha com o governo do Distrito Federal por força de liminar desde 2010. Esta decisão só foi possível porque a Justiça do Distrito Federal cassou a liminar que garantia à empresa a continuidade da prestação dos serviços. A empresa prestava serviços de coleta, transporte e tratamento de resíduos de lixo.

A decisão vem mais de um ano depois de o próprio governo constatar fraudes na execução dos contratos executados pela Delta. Em inspeção realizada em janeiro e fevereiro de 2011, ou seja, no início do governo Agnelo, a Secretaria de Transparência do DF constatou superfaturamento nos valores pagos, descumprimento de itens da licitação e prestação de serviços de qualidade inferior à prevista no contrato, e teve como primeiro efeito o aumento no rigor da fiscalização das atividades. O resultado foi a redução do custo do serviço pago pelo governo.

Nos serviços de varrição, por exemplo, a Delta recebia 70% a mais do que efetivamente fazia, de acordo com a auditoria. O valor repassado desde então à Delta é 40% inferior à média paga pelo mesmo tipo de serviços nas demais cidades brasileiras.

As informações sobre o cancelamento do contrato com a Delta obteve grande repercussão na imprensa dado o envolvimento da empresa com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira que gerou a criação da CPMI do Cachoeira.

O contrato entre a Delta e o Governo do Distrito Federal para os serviços de limpeza urbana não foi assinado pelo Governador Agnelo Queiroz. Quem assinou o contrato foi o antecessor de Agnelo, Rogério Rosso, que assumiu o governo após os afastamentos de José Roberto Arruda e Paulo Otávio, por conta das denúncias sobre o mensalão do DEM no Distrito Federal.