Passadas as eleições municipais, políticos do Distrito Federal depois de avaliar perdas e ganhos, já se mobilizam para as próximas eleições – prática que além de saudável é própria da vida política democrática.
Mas quando um político do partido integrante da base aliada do governador Agnelo Queiroz se arvora em lançar seu próprio nome ao Palácio do Buriti, ignorando os compromissos que seu partido tem com o chefe do Executivo, é no mínimo de se estranhar que assim o faça.
O caso em questão envolve o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que ao passar por cima dos acordos costurados ainda no início do atual governo, perde a noção de fidelidade e ignora que seu partido – o mesmo partido do governador de Pernambuco Eduardo Campos que também é o presidente nacional da agremiação partidária – participa da atual gestão através de duas secretarias: Agricultura e Turismo. Além de açodado em seus pleitos, o senador se utiliza de desculpas esfarrapadas.
Rollemberg começa mal em suas pretensões ao Buriti para quem traz as marcas de tropeços na vida pública: já foi denunciado pelo então deputado federal do PV, Fernando Gabeira, na CPI dos Sanguessugas como “facilitador” da liberação de emendas que deputados do seu partido fizeram destinando verbas do Orçamento ao projeto de inclusão digital. Gabeira disse que, para ele, integrantes do PSB usaram a Ciência e Tecnologia para "obter ganhos eleitorais e financeiros" com projetos que estariam longe dos padrões de uma proposta ideal de inclusão digital.
De acordo com o ex-deputado, em uma conversa telefônica gravada pela PF, integrantes da quadrilha comemoraram terem ouvido de Rollemberg a afirmação de que o ministério da Ciência e Tecnologia possuía “muito dinheiro” para o projeto de inclusão digital.
Outro colega senador de Rodrigo Rollemberg, o pedetista Cristovam Buarque (PDT-DF) ex-governador do Distrito Federal, no mesmo compasso e sincronia, também antecipa e articula uma volta ao Buriti.
Cristovam, mesmo citado como ficha suja, conta com a memória fraca do eleitor quanto a sua condenação por improbidade administrativa como governador do Distrito Federal. Foi condenado pelo Tribunal de Justiça e do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) por confeccionar, em 1995, material publicitário para fins eleitorais com dinheiro público. O partido de Cristovam também integra a base aliada do governador Agnelo e detém a secretaria de Trabalho, que neste momento está com o cargo de secretário vago em consequência da intransigência do senador.
Em tempo: Missão Criança recebe ajuda do Japão para cursos de informática para crianças pobres da Cidade Ocidental e de Formosa no valor de US 75,5 mil.
FONTES UTILIZADAS: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2002-02-26/missao-crianca-recebe-ajuda-do-japao-para-cursos-de-informatica
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0808200616.htm