quarta-feira, 4 de julho de 2012

Agnelo paga caro por combater crime organizado


Foi um longo depoimento, que durou 10 horas seguidas, em que o governador Agnelo Queiroz teve a oportunidade de explicar cada um dos temas abordados pelos parlamentares da CPI Mista do Cachoeira. Agnelo fez o que se espera do agente público: deu explicações e transparência à sua atuação de muitos anos em vários setores da vida pública;  inclusive, colocou espontaneamente à disposição da CPI a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico para, mais uma vez, comprovar que não mantinha relações escusas com o contraventor Carlos Cachoeira. Essa iniciativa do governador do Distrito Federal obrigou o governador de Goiás, Marconi Perillo, que havia deposto na CPMI no dia anterior, a convocar apressadamente a imprensa e declarar que também permitia a quebra dos seus sigilos, mesmo que houvesse negado essa possibilidade diante dos parlamentares da CPI.

Um dos pontos importantes do depoimento foi quanto à aquisição de uma casa em construção e que Agnelo levaria dois anos para concluir a obra, valorizando o imóvel adquirido por R$400 mil. A aquisição da casa tem sido usada com frequência pelos seus algozes, que fazem questão de ignorar que o patrimônio do governador foi construído ao longo de 30 anos com a parceria de sua esposa que também é médica como ele.

Esse e outros pontos foram exaustivamente explicados pelo governador que inclusive lembrou que nenhum outro governador teve a coragem de enfrentar o oligopólio no transporte de Brasília.

Fez também menção às gravações da Polícia Federal que revelam que a quadrilha chefiada por Cachoeira lamentava que no DF “os caras só nomeiam os inimigos da Delta” e aproveitou para lembrar que o enrolado senador goiano Demóstenes Torres pedira seu impeachment em novembro de 2011.

Bravatas como essa do senador da República ganhavam repercussão em setores da mídia nacional comprometidos com os chefões da quadrilha – e a serviço do crime organizado - que buscavam desmoralizar o governo e estender seus tentáculos no Distrito Federal.

Agnelo Queiroz sairia da reunião da CPMI sob aplausos dos parlamentares - e estava assim selada uma importante vitória sobre o crime organizado que mina as administrações públicas.

Um comentário:

  1. Ótimo texto, é bom ler um lado diferente. As pessoas só estão vendo as coisas voltadas para a incriminação do nosso governador, mesmo sem ter provas.

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