sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A velha barriga ou má fé?


Aham, Cláudia, senta lá.
O que leva determinados veículos da imprensa brasileira a praticar a irresponsabilidade de não checarem suas fontes antes de noticiar determinado fato? Esse tipo de jornalismo resulta em graves erros que não condizem com o jornalismo sério. Esses erros de informação publicados, no jargão jornalístico são chamados de barriga: o jornal come barriga, dá barriga ou faz barriga quando publica uma inverdade.

Foi o que aconteceu com alguns veículos da imprensa brasileira, a exemplo do G1, ao noticiar que o Banco Regional de Brasília – BRB desrespeitou o prazo e não repassou os dados do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz à CPI do Cachoeira.

Os dados referem-se à quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico, de e-mail e SMS oferecida pelo próprio governador quando compareceu à sessão da CPI no dia 13 de junho. O BRB solicitou por ofício o prazo de 90 dias para a entrega dos dados do governador.

Portanto, só a partir de 14 de setembro, se não forem entregue os dados, o prazo de entrega estaria desrespeitado.

O resultado disso, costumeiramente, é a destruição de reputações, prejuízo a pessoas e desinformação à sociedade.

Caio Fernando Abreu tem uma célebre frase que diz muito desses erros da imprensa: “Descobre, desvenda. Há sempre mais por trás. Que não te baste uma aparência do real”!

Aqui cabe dizer que a imprensa levou barriga. Foi uma tremenda bobeada. Como disse outro jornalista experiente e inspirado: “errar é do jogo, mas os erros devem ser novos (quem repete os velhos não aprendeu com eles)”.

Nesse caso, ou deram barriga ou usaram de má fé. Fala sério! Podemos repetir aqui o (quase) jargão do momento: Aham, Cláudia, senta lá.

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